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• Como lidar com o estresse

Irritação, mal humor, além de desgaste físico e mental. Esses são alguns sintomas do estresse, uma doença silenciosa causada pela mudança brusca no estilo de vida, levando a pessoa a passar por um determinado tipo de angústia ou esgotamento. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o estresse afeta mais de 90% da população mundial e é considerada uma epidemia global.

Por isso, o Dia Nacional de Combate ao Estresse (23/09), serve de alerta para as pessoas que vivem correndo contra o relógio ou que marcam um excesso de compromissos durante o dia, comprometendo muitas vezes a qualidade dos alimentos ingeridos. Mas, será que o estresse interfere nos hábitos alimentares?

Para a nutricionista Ana Paula Fidélis, 26 anos, que é pós-graduada em Nutrição Clínica Funcional pelo Centro de Pesquisas Valéria Paschoal e membro do Centro Brasileiro de Nutrição Funcional, as pessoas que mantém maus hábitos alimentares ficam mais predispostas ao estresse.

“A alimentação inadequada, sedentarismo, jejum prolongado, ou seja, ficar mais do que 3 horas sem se alimentar desregula os hormônios no corpo. Um deles é o cortisol. Este hormônio está relacionado a compulsão alimentar principalmente por carboidratos sejam eles doces, massas, pães, bolos, tortas e outros, além de uma perda de massa magra relevante. A alteração neste hormônio também leva a desregulação no sono, aumento do cansaço, fadiga, menor capacidade de concentração, dores de cabeça, mau humor. Além disso, o cortisol também é desregulado quando há estresse constante, um estímulo estressor constante que pode ser a alimentação inadequada, mas também preocupações extremas, ansiedade, trabalho exaustivo, alguma doença, mau funcionamento do intestino, entre outros”.

Ainda, segundo a nutricionista, a relação entre estresse e nutrição pode desencadear problemas como obesidade e doenças crônicas. "A alteração na produção do cortisol leva a um balanço incorreto de vários hormônios dentre eles os ligados a compulsão alimentar e fome. Há um estímulo maior para a pessoa comer e infelizmente a busca por alimentos ricos em açúcar aumenta. Estes alimentos podem ser doces, massas, pães e outros. São aquelas pessoas que precisam sempre de um doce ou são viciadas em carboidratos. Há, inclusive, um aumento no peso principalmente na gordura abdominal, aumento do colesterol total, LDL, triglicérides, perda de massa muscular mesmo fazendo atividade física”.

Ana Paula explica ainda que o estresse desestabiliza todo o organismo e traz sérios problemas à saúde. “Há um aumento da insônia, diminuição na eficiência da imunidade, predisposição a doenças como infarto, diabetes, hipertensão, depressão. Sintomas como fadiga, cansaço, estresse contínuo, mau humor, irritabilidade, ‘acordar sempre cansado’ também estão relacionados. É importante frisar que o paciente estressado se aliado a uma alimentação inadequada irá ativar mais estímulos para ficar estressado e o ciclo vicioso permanece”.

Para finalizar, a nutricionista alerta que a alimentação rica em carboidratos e jejum acima de 3 horas traz sérios prejuízos à saúde. “O paciente deve se alimentar sempre de 3 em 3 horas, aumentar os alimentos que ajudam a modular esta produção de cortisol como o abacate, frutas, verduras e legumes. Aumentar o aporte de coenzima Q10 que é uma substância atuante na melhora de energia, disposição, melhora do desânimo. Ela está presente em brotos, sardinha, abacate e oleaginosas. Outro fator importante é diminuir a ingestão de alimentos estressores como café, chá mate e chá preto, açúcar simples, farinhas brancas, chocolate, bebidas energéticas, guaraná em pó. Consumir alimentos ricos em fibras para melhorar a glicemia como pães integrais, arroz integral, aveia, fibra de maracujá, fibra de banana verde, linhaça dourada e outros. Aumentar a ingestão de vitamina C presente na laranja, acerola, caju principalmente. Abusar dos vegetais verde escuros que são ricos em magnésio, fazer suco verde (com couve), consumir gengibre podendo colocar em sucos ou preparações”, diz Ana Paula.

 

• Café da manhã repõe energia e ajuda a aumentar o rendimento intelectual

O café da manhã é uma refeição fundamental para despertar, começar bem o dia e acelerar o metabolismo. Mas muitos brasileiros pulam essa parte, vão direto para o trabalho e “enganam o estômago” até a hora do almoço.

Para destacar os benefícios do café da manhã, que neste feriado de 7 de setembro pode ser tomado com mais calma, o Bem Estar desta quarta-feira recebeu o endocrinologista Alfredo Halpern e o nutrólogo e pediatra Mauro Fisberg.

Os médicos falaram sobre as características ideais do primeiro prato do dia e como esse hábito se forma ainda na infância. Também explicaram por que ficar muito tempo em jejum pode engordar, ao invés de emagrecer. Isso ocorre porque a grelina, hormônio da fome, aumenta muito em longos períodos de privação alimentar, e aí as pessoas comem mais depois, para compensar.

 

Saúde em Dia 2011
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